A revista Nature afirma "Nenhuma teoria é muito especial para ser questionada" [Menos a de Darwin!!!]

17 março, 2012

A revista Nature afirma "Nenhuma teoria é muito especial para ser questionada"

Giovanni Amelino-Camelia, um físico teórico na University de Roma La Sapienza, tem um artigo bem sério publicado na revista Nature intitulado, "No theory is too special to question. [Nenhuma teoria é muito especial para ser questionada]". Ele reconta a disputa recente sobre a suposta descoberta de neutrinos que podem viajar mais rápido do que a luz. Como ele destaca, após mais experimentos, ficou demonstrado que os neutrinos não podem viajar mais rápido do que a luz. Mas ele também destaca que refutar a afirmativa foi um exercício útil para a comunidade da física teórica:

"A situação instigou a comunidade da física fundamental discutir o modo apropriado de lidar com casos nos quais os resultados experimentais preliminares desafiam as leis "estabelecidas". (Neste caso, aquela que muitos físicos têm em grande estima mais do que as outras - a teoria da relatividade especial de Einstein.)"

Parece que aqueles físicos estavam abertos a desafiar uma de suas teorias mais preciosas, a relatividade especial. A teoria de Einstein saiu dos tests sem nenhum arranhão, mas o próprio fato de que eles estavam dispostos a considerar a possibilidade de que a relatividade especial estivesse errada, e testá-la de um modo significativo, é significante. Ele prossegue:

"Questionar nossas leis, mesmo na base de experimentos preliminares, é um exercício saudável. Nós devemos assumir que a próxima revolução fundamental em física está adiante de nosso nariz, em segurança além do alcance de nossos cérebros, mas dentro do alcance do próximo experimento verdadeiramente inovador."


Fig. 1 - Kit "evangelismo" sobre evolução, fornecido pela Nature.

Assim, qual é a teoria que muitos biólogos "têm em grande estima mais do que as outras"? Claramente, é a evolução. Mas quando foi a última vez que você viu um artigo assim na Nature, que louvasse a disposição dos biólogos a desafiar os aspectos fundamentais evolução, como a seleção natural ou a descendência comum? Nunca! Em vez disso, você encontra na Nature afirmações ousadas sobre como os "cientistas podem tratar a evolução através da seleção natural como sendo, na verdade, um fato estabelecido."

Parece que a liberalidade e a disposição de tolerar questionamento fundamental que nós vemos na comunidade da física está muito ausente na comunidade da biologia.


Referências

A Bíblia e a alta crítica

11 março, 2012




Em meados dos anos de 1880, se forma uma junta acadêmica chamada Alta Crítica ou Crítica Textual. A alta crítica tem como objetivo analisar minuciosamente as obras literárias e expor as características que o texto possui levando a crer que as obras foram compostas por outros métodos e autores e não pelos tradicionalmente aceitos. Nesse sentido, várias obras consagradas sofreram ataque da alta crítica, como Ilíada de Homero, Shakespeare entre outros, nos quais segundo a alta crítica são verdadeiros retalhos literários, ou seja eles não pertencem a seus autores tradicionais, mas a vários.

A Biblia como a maior obra literária não poderia ficar de fora dessa avaliação. Nesse sentido, a alta crítica "percebeu" que livros canônicos da Bíblia não haviam sido escritos pelos seus autores tradicionais mas eram "retalho de manuscritos". Um dos livros atacados foram os livros de Moisés, o qual que foi entendido como tendo quatro autores distintos bem como o livro de Isaías o qual possuiria no mínimo três autores. Aparentemente a Bíblia perdera a batalha, pela deslealdade do método aplicado e principalmente pelo fato dos manuscritos existentes, os massoréticos, serem as cópias mais antigas e remontarem a quase mil anos depois dos autógrafos (os originais escritos pelos autores).

A maior estigma deixada pela alta crítica no séc IXX foi o liberalismo teológico. Essa livre maneira de interpretar as Escrituras esvaziando-a dos seus atributos divinos, o qual infestou as escolas de Teologia, proporcionou um estrago irreparável na formação de jovens e líderes das igrejas que buscavam instrução genuína. O liberalismo levou muitos a observarem a Bíblia como uma simples composição humana cheia de falhas como qualquer escrito já produzido.

Porém, Deus vela pela sua Palavra, e na decada de 1947 foram encontrados nas cavernas de Qunram nas margens do Mar Morto, alguns manuscritos que viriam a se tornar o maior achado arqueológico do séc XXI. Esses manuscritos foram encontrados acidentalmente por um pastor de ovelhas  dentro de jarros de argila. Milhares de fragmentos de cerca de 350 obras bíblicas e extra-bíblicas. Esse material veio a ser identificado como pertencente a uma seita ascética do judaísmo, os essênios, que haviam habitado os desertos do Mar morto e protegido os manuscritos nas cavernas. Esses manuscritos foram datados de VI AC e por sua vez continham preciosas referências dos livros do AT, principalmente do livro de Isaias que estava completo e conservado da maneira como conhecemos hoje. Conforme fig. 1.



Fig. 1 - O grande rolo de Isaías.


Recentemente a Google se prontificou em digitalizar e disponibilizar as cópias dos manuscritos do Mar Morto para consulta online, esses manuscritos se encontram em grego, aramaico e hebraico.

A variação textual ínfima nos textos encontrados comprova mais uma vez que os textos que possuimos hoje são confiáveis e que por sua vez a Palavra de Deus permanece fiel. Nesse sentido, toda a mensagem que foi inspirada permanece assim como Deus desejou que fosse transmitida.


Referências

The Digital Dead Sea Scrolls http://dss.collections.imj.org.il/ Fev 2012

Colon, Peter. O verdadeiro tesouro dos Manuscritos do Mar Morto, Beth-Shalon Fev 2012

Introduction to the dead sea scrolls. http://www.english.imjnet.org.il/htmls/page_1348.aspx?c0=14778&bsp=14389. Fev 2012.