Breve Cronologia dos Catecismos e Confissões de Fé das igrejas Protestantes

13 abril, 2014



Bem pra começarmos o termo catecismo vem de um verbo grego que significa ensinar e por sua vez os catecismos tiveram grande importância na história da igrejas protestantes, pois a igreja estava preocupada em ensinar sobre em que se baseia a fé cristã e fazer com que o maior número de pessoas aprendam essas verdades. Os catecismos ajudaram em fixar os pontos de doutrina principalmente nas doutrinas contra a Igreja Católica Romana.

O primeiro catecismo foi publicado em 1529, na verdade foram dois, o Catecismo Maior e o Catecismo Menor, esse último tem como objetivo a instrução de crianças. Já o Catecismo Maior contém um resumo das doutrinas bíblicas. Uma explicação doutrinária minuciosa da fé cristã.

Em 1530 surge a confissão de Ausburgo, durante o reinado de Carlos V, compilada por Phillip Melancton. Ela é considerada a melhor confissão de fé Luterana, trata-se de 28 artigos, nos quais do artigo 1 ao 22 fala sobre fé e doutrina e do 23 ao 28 fala sobre os abusos medievais corrigidos pelos Luteranos.

Já em 1531 Apologia da Confissão, que é um conjunto de artigos afim de defender a doutrina da confissão de fé de Augusburgo.

Em 1536 Confissão Helvética, trata-se de documentos expositivos que tratam da declaração de fé das igrejas protestantes na Suíça. Foi sem dúvida uma das mais destacadas confissões entre as igrejas reformadas, obtendo grande aceitação.

Em 1537 surge os artigos de Esmalcalde, que além de fazer uma apologia a confissão de fé de Auburgo ela também se aprofunda na doutrina da Santa Ceia.

Em 1558 Confissão de fé de Guanabara, essa confissão é especial, por dois motivos pois, surge em território brasileiro e depois por ser uma confissão dos proto-mártires da igreja reformada da França. Eles foram enviados por João Calvino para o Brasil, para tentar construir uma colônia francesa, mas devido a predominância e a pressão dos católicos romanos eles tiveram que produzir uma confissão de fé que foi utilizada como instrumento para a condenação e execução de quatro homens, Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon. A confissão de fé foi redigida por Jean Du Bourdel.

Em 1559 surge Confissão Galicana ou Confissão de La Rochelle, esse documento foi o resultado do primeiro sínodo das igrejas reformadas francesas e foi escrito inteiramente pelo reformador João Calvino.

Em 1560 surge a Confissão de fé Escocesa, redigido por John Knox e outros cinco "Johns", John Willock, John Winran, John Spotswoord e John Roll e John Douglas foi redigido depois da guerra civil escocesa, as doutrinas centrais são a doutrina da eleição e a doutrina da igreja.

Em 1561 Confissão Belga que trata de 37 artigos elaborado Guido de Bres, que foi adotado pelo sínodo de Dort e em 1519 se tornou o modelo confessional das igrejas da Holanda.

Em 1563 surge os 39 artigos que trata da declaração doutrinária contrapondo os principais desvios da doutrina católica.

Em 1563 Confissão de Heidelberg, surge pela reforma do Palatinado, que é o nome de uma região da Alemanha, que após ser liberta do domínio do Sacro Império Romano produziu a Confissão de Heidelberg.

Já em 1577 Fórmula de Concórdia que trata de uma exposição doutrinária sobre o pecado original,  da salvação pela graça e sobre a cristologia.

Em 1618 Cânones de Dort foi o resultado de uma disputa que ocorreu na Holanda sobre a doutrina dos Remonstrantes que eram discípulos de Jacob Armínius, que foi o pai do Arminianismo. Eleição, a Morte de Cristo, a Redenção do Homem, a Corrupção do Homem, a Conversão a Deus e a Perseverança dos Santos. Como já foi dito, consistiu em uma resposta aos discipulos de Jacob Arminius.

Em 1648 Confissão de fé de Westminster é incontestavelmente a confissão de fé que marcou a produção teológica do século XVIII. Norteada por quatro grandes princípios A autoridade das Escrituras, a soberania de Deus os direitos da consciência e a responsabilidade da igreja em seus campos de atuação.

Conclusão

As confissões de fé tiveram grande importância, pois serviram para fixar os pontos de doutrina da fé reformada ao passar do tempo. Isso garantiu que as igrejas permanecessem fiéis ao pensamento e as motivações dos reformadores.

Referências

Biblia Apologética de Estudo, ICP - Instituto Cristão de Pesquisas, 2000, 2ª Edição.

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